Saúde Digital e o enfrentamento das mudanças no Brasil

Saúde Digital e o enfrentamento das mudanças no Brasil

A saúde no Brasil está preparada para enfrentar as mudanças no mundo moderno? Para tratar dessa questão, em maio de 2020, o Ministério da Saúde publicou a portaria que lança a Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-2028. Organizado em sete prioridades, sendo uma delas o usuário como protagonista, o documento consolida o trabalho realizado ao longo da última década e apresenta a perspectiva do plano de ação voltado para a saúde digital nos próximos anos. Com o objetivo de nortear e alinhar as diversas atividades, projetos públicos e privados, potencializando o poder de transformação da saúde digital no país, a ESD28 traz uma visão estratégica da e-Saúde e é o nosso ponto de partida para a Jornada iCoLab.

Iniciativa colaborativa que alcança uma ampla diversidade de atores – patrocinadores institucionais ou financeiros, redes de atendimento (públicas e privadas) administradoras de planos –, a ESD28 tem como objetivo principal definir ações estratégicas para tornar a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) estabelecida e reconhecida como a plataforma digital de inovação, informação e serviços de saúde que conecta o Brasil, gerando valor e benefícios aos usuários, cidadãos, pacientes, comunidades, gestores, profissionais e organizações de saúde.

Instituída pela portaria GM/MS n. 1.434, de 28 de maio de 2020, a RNDS é a plataforma nacional de interoperabilidade de dados em saúde, um projeto estruturante do Conecte SUS, programa do Governo Federal para a transformação digital da saúde no Brasil. Esse movimento acompanha a evolução tecnológica de outros setores e, ao longo dos próximos anos, se constituirá numa plataforma informacional de alta disponibilidade, segura e flexível, para o trânsito e armazenamento de dados em saúde, permitindo o surgimento de novos serviços, inovação, pesquisa e desenvolvimento em benefício da população e do país.

Fonte: RNDS

Entre as prioridades essenciais do Plano de Ação da ESD28, a que coloca o usuário como protagonista da e-Saúde ganha relevância, pois é somente com o engajamento de pacientes e cidadãos que será possível promover a adoção da Saúde Digital para o gerenciamento da sua saúde, da sua família e da sua comunidade, bem como o apoio à construção dos sistemas e serviços que utilizarão. O foco dessa prioridade é desenvolver iniciativas e abordagens que permitam aos usuários, cidadãos, profissionais de saúde e gestores participarem ativamente da exploração conjunta de experiências e modelos que resultem em cocriação efetiva, e que possam atender às características de um país com enorme diversidade cultural, econômica, de educação e de acesso.

A pandemia de COVID-19 vem identificando várias necessidades e provocando  grandes avanços no setor da saúde, mas ainda há importantes desafios a serem enfrentados, como desenvolver soluções para integrar a cadeia de serviços e proporcionar mais qualidade de atendimento às pessoas. Criar integração desses inúmeros silos, onde historicamente a saúde está estabelecida, é uma das valorosas metas da Estratégia de Saúde do nosso país.

A partir desse contexto, tendências tecnológicas como a inteligência artificial e o blockchain chegam para transformar e aperfeiçoar as soluções em saúde, onde a experiência do usuário, paciente e profissional de saúde é fundamental. Quais são as perspectivas, os principais desafios da interoperabilidade entre os serviços públicos e privados, como garantir a privacidade e a segurança de dados sensíveis nesse novo sistema são alguns dos temas que vamos trazer no encontro Saúde Digital: um compromisso como o ser humano, dia 14 de setembro de 2021, na Jornada iCoLab.

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